Designação: Convento dos Capuchos.
Protecção: Imóvel de interesse Público, Dec. n”37 077, DG 228 de 29 de Setembro de 1948. Integra os bens seriados como Património Mundial/Paisagem Cultural.
Enquadramento: Rural, em zona muito arborizada, em encosta da Serra de Sintra virada a NE, à cota 325. Chega-se ao convento através da sequência de dois pátios, sendo o segundo, de maiores dimensões, caracterizado por fonte ladeada por bancos azulejados.
Utilização Inicial: Devocional.
Utilização Actual: Marco histórico-cultural. Turística.
Época da Construção: Séculos XVI/XVII.
Acesso: Livre.
Cronologia: 1560 – Fundação de um convento de religiosos capuchos, com a invocação de Santa Cruz, por Álvaro de Castro (vedor da Fazenda de D. Sebastião), em cumprimento de um voto de seu pai, o vice-rei da Índia, D. João de Castro. 1578/1580 – Edificação de uma capela e cerca por intervenção do cardeal rei D. Henrique. 1596 – Falecimento de frei Honório, que viveu 30 anos numa gruta na cerca do Convento. Cerca de 1610 – realização de pinturas a fresco no muro exterior da capela de Santo António. 1684 – É sepultada na igreja D.. Maria de Noronha, viúva de D. Álvaro de Castro, terceiro padroeiro do Convento. Séc. XVIII – revestimento azulejar. 1787 – O convento era ainda habitado pela comunidade religiosa. 1834 – Aquisição, pelo segundo conde de Penamacor, António de Saldanha Albuquerque e Castro Ribafria (1815-1864), descendente de D. João de Castro. 1873 -Aquisição da propriedade por Sir Francis Cook, primeiro Visconde de Monserrate. Séc. XX, primeira metade – Aquisição pelo Estado.
Tipologia: Arquitectura Religiosa maneirista. Convento e igreja conventual.
Características: Aproveitamento de elementos naturais (sua conversão em componentes da construção e/ou mobiliário) e revestimento a cortiça de vários compartimentos.
Descrição: De planta fragmentada e distribuída em diversos planos, o primitivo complexo conventual é construído por unidades funcionais diferenciadas e articuladas entre si por escadas rasgadas na rocha. Pode reconhecer-se: a portaria de entrada. construção alpendrada que permite o acesso, à esquerda, à igreja conventual, de reduzidas dimensões, espaço único escavado no maciço rochoso que lhe serve de cobertura, onde há a destacar o retábulo, marmóreo, cujo frontal é de mosaico florentino. Fronteira à igreja, localiza-se a entrada na capela do Senhor dos Passos, que ostenta revestimento azulejar setecentista. A partir da igreja efectua-se o acesso às tratantes dependências: o refeitório, onde se observa uma laje de grandes dimensões adaptada a mesa; a casa capitular, de +planta aproximadamente circular, ao longo de cuja parede com um banco de cortiça, sendo também deste material o revestimento da cobertura e da porta; o corpo do dormitório conventual, cujas celas se apresentam forradas com placas de cortiça. Anda na primitiva cerca conventual, merece menção a pequena ermida de Santo António), da autoria de André Reinoso (cerca de 1610), e alberga um altar de azulejos barrocos.
Fonte: CD Património Metropolitano – Área Metropolitana de Lisboa – Fevereiro 2003