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Lenda de Alvidrar

Há muitos séculos atrás, o Deus Vulcano, figura sinistra e perversa, jurou vingar-se para todo o sempre duma formosa princesa, espelho de virtudes sem par.

O maligno Vulcano, seguindo ruíns desígnios, pretendeu casar-se com a esbelta princesa que já a outro prometera a sua mão.

Pouco satisfeito com o inesperado facto, quis saber de quem se tratava. Furioso ficou quando soube que o futuro esposo da gentil princesa era o seu próprio sobrinho, filho primogénito da sua irmã. Imediatamente acorreu à casa de sua irmã Zipa e queixou-se do seu desespero.

Esta fez-lhe ver que nada tinha com o próximo enlace. Jovens e obedientes aos pais de cada um, tudo neles concorria para que fossem felizes.

Em consciência nada teria a opôr-se e recomendou ao irmão prudência e resignação; a casta princesa não era para a sua idade, merecia um jovem como ela.

Vulcano não acatou os conselhos prudentes e nobres da irmã. Chegando a seus domínios, organizou fortíssima expedição que se dirigiu para as terras da princesa Al-Vidrar e de seu sobrinho Foje.

Zipa veio ao seu encontro mas nada deteve Vulcano.

Naquela cruenda batalha restam os corpos vulcanizados dos moços namorados aos quais chamamos PEDRA DE ALVIDRAR E O FOJE.

In “Lendas Sintrenses”
Recolha e relato de Luiz da Cunha Oliveira, 1968