Seu corpo jaz na Igreja daquele curioso convento. Diz-se que certa vez, Frei Honório encontrou pelos campos uma linda rapariga, “para quem não olhou”, mas que o forçou a fazer algo: exigia-lhe que a confessasse.
O virtuoso monge, naquele ermo não tinha confessionário, e sem querer fixar a pequena, mandou-a ao convento em procura de outro confessor.
A bela moçoila não se conformou com a resposta e insistiu no intento com o bom religioso.
Rubro como um tomate, a suar em bico – isto passou-se em Agosto – apressou o passo, sempre seguido daquela que lhe pedia a absolvição ou penitência, até que, voltando-se e tapando o rosto com uma das mãos para fugir à formosura que o diabo encarnara para o tentar e perder, com a outra fez o sinal da cruz, a que a endiabrada e tentadora, respondeu com um grito, fugindo para não mais ser vista.
Então, Frei Honório, como castigo por ter caído em tentação, isolou-se a pão e água numa gruta existente nas cercanias do Convento.
E lá ficou até ao fim da sua vida.
Recolha de Vitalino Cara d’Anjo